quinta-feira, setembro 30, 2004

#26 *t

Se na noite, a adrenalina cheira a ti, não sou louco, são coisas que adoro.

domingo, setembro 26, 2004

#25 *e

Se no mar te oiço, não sou louco, mas são coisas que adoro.

sábado, setembro 18, 2004

#24 *Conta-me o fim...

Dançava a bailarina solitária.
Transpirava solidão, compaixão consigo e com o que fazia.
Achavam-na Hilária.

Já cansada, voava com vigor.
Arrastava-se por amor, à dança, à dança, à música mas
o ardor.

Contemplavam-na, os leigos.
os eruditos: expeditos aplausos soavam sem cessar, obstinados,
mas meigos.

Tudo parou.
O silêncio ecoou como um berro histérico...

terça-feira, setembro 14, 2004

#23 *Fim de Semana






segunda-feira, setembro 13, 2004

#22 *Regresso

Ao pequeno almoço sweet dreams sob a forma de despertador.
Fantasticamente, uma vez sem exemplo, consegui comer...
Ansiedade versus monotonia.
Comboio, sem lugares. Conversas, no comboio sem lugares.

Bebo mais um pouco da rotina que regressa.
Metro. Mendigos, música. Não tenho trocos à mão.
Tanto faz, amanhã dou.
Arrasto-me pela rua com alguma pressa.
Chego e deparo-me com um senão:
Bom dia, bom dia, boa tarde? nada mudou.

Entretanto, Bixos, bixos bixos...
Sangue novo, rostos sorridentes.
Balbucio verdades entredentes.

segunda-feira, setembro 06, 2004

#21 *És

Recordei cantarolando clã. Acordei recordando o teu sabor. Não de uma forma vulgar, como se fosse mais um. Não.
Há três noites que no sonho me precorres a alma, e de dia, os teus olhares o meu coração.
Hoje acordei e lembrei-me que tenho de ter calma e perguntar-te primeiro, como viajar?!
Hoje acordaste e viajaste, mas estás aqui e agora comigo, sempre.
Ontém abraçaste-me entre as loucas conversas da festa. Deste-me um beijo entre os loucos abraços nocturnos e dissemos algo um ao outro.
Elas souberam de tudo, eu contei. Mas só a elas, porque te conhecem tão bem. Estava incrédulo, precisava de um beliscão. E depois para onde foste?
Já sabia que hoje, não ia ser um pequeno-almoço fácil de tomar.
Não tencionei resumir algo que para mim, é completamente impossível descrever em um milhão de letras.
Não tencionei cingir, tudo, a uma memória.
Tenciono sim, estar depois, quando tudo começar, nesta mesma cadeira e escrever aquilo que não me cansei, entretanto, de te dizer:
Obrigado por existires.

sexta-feira, setembro 03, 2004

#20 *Cats (o musical)



I will be there!

#19 *A Espera

Assim que o relógio transpõe a utilidade, limita-nos o ser o querer, o poder. Os olhos sangrentos de ansiedade, transbordam o tempo que os mantém abertos. Trasportam-se pelos ponteiros da tortura, discretos.
Ruidosamente a insónia aborrece a noite.
Espero-te como ontém, não apareces, mais uma vez, pela manhã.
Aguardo terminar algo. Dou-te o desenho, entristecido por não saber ler o seu significado. A sua textura transmite-me espera.
Estou farto de esperar, estou tão farto de não conseguir dormir, que ao acordar, nada mais há para ruir.
Eu todo sou aquilo que de mim não conheço.
A refeição matinal, sabe-me a monotonia, sabe-me a incerteza, a dúvida. De que sou capaz? De esperar que outra história passe, reflectida no vidro que protege os ponteiros do meu relógio de pulso.
Acordo e não te sinto, adormeço e não te minto, passei o dia a pensar em ti, a esperar por ti e tudo o resto? Tudo o resto pode esperar.
Deito-me e à lágrima, no leito do descanço, mais uma vez.
Amanhã conto-te o meu pequeno almoço, só por cortesia pois tu não vais aparecer.