quarta-feira, fevereiro 04, 2009

#99 *No silêncio dos crentes

Deixo-me levar no altruísmo das tuas palavras. Deixo que me olhes assim. E mesmo que não deixe, tu olhas-me, assim.
Entre as doces gotas de absinto confias-me certeza. Entre músicas e vozes soltas-me um aroma. Entre guitarras e ruas inclinadas voltas à certeza.
Ofereces-me uma dança servida em caneca de cerveja, gelada. Queimas-me a cera e eu corro. Entro no meu mundo de divisórias e não te vejo. Em realidade não vejo nada.
Acendo a luz e assim a deixo, vestida, destapada. Telefono, caio, adormeço, sem tempo, sem espaço. Para acordar e saber que a certeza é a madrasta dos crentes.