quarta-feira, novembro 10, 2004

#29 *Há muito que não passava a angústia da folha em branco!

Acordava e recordava as pessoas. Que escrevo e releio no embarasso.
Esse não foi, porém, o real motivo da força com que me levantei, força essa que cheirava a felicidade que elucidava-me de vontade, que reflectia o tom jovial e inocente das minhas lembranças, recentes!
Em parte concebo-me uma película frágil de força e autoestima mas aceito na autoreflexão que o pequeno almoço impõe, que as vivências menos recentes me provocam uma insegurança tramada. Complexa e pouco identificável.
A ela não me resigno! Encontro, Aqui e ontém, uma tela em branco e rápidamente me esboço em traços fluídos do meu ser. E Aqui nesta cama, num misto de ansiedade e pressa arranco o pijama ainda transpirado transmigro a alma do sonho em que te acompanhava levo-a comigo prometendo que horas depois, após esta mesmo, transportar-me as imagens recentes, a devolverei à tela.
Na tela deixo a minha alma fluir. Interpreta-a e eu ofereço-te o quadro.