#28 *Picassos
E todo eu pinto o teu olhar em sorrisos. Aqui a noite não tem luzes, estrelas. Pintava-as também num gesto cúbico, e a ti dividia-te a imensidão para a poder absorver, e pintava a guitarra arrumada no carro, e o carro, e a noite em que te conheci.
Rapidamente o cigarro apagava-se num gesto fugaz, comprometido e eu corria para dentro das ilusões. Espreitava-te e fazia um traço, outro e mais outro, e ainda outro, com o movimento das luzes que reflectias. E a pintura surgia futurista, em planos e traçados regulares.
Mas eu preferi pintá-la regularmente com irregularidades, com adrenalina. E com tempo pinto essa tela que mais que tudo quero que seja uma tatuagem.
1 Comments:
Gostei do texto.
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